ALERTA: “Anistia para Bolsonaro está fora de questão”, declara Paulinho da Força
- Luana Valente

- há 6 dias
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Relator do projeto de dosimetria garante que texto não contempla perdão ao ex-presidente, mas prevê redução de pena

O deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP), relator do Projeto de Lei da Dosimetria, foi categórico ao afirmar que não há qualquer possibilidade de anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A fala reforçou ainda mais o clima de tensão entre partidos e abre espaço para disputas internas sobre a sucessão presidencial de 2026.
Segundo Paulinho, o texto que está em discussão na Câmara não elimina a condenação de Bolsonaro, mas prevê uma significativa redução de pena. O ex-presidente, condenado a 27 anos e 3 meses, poderia ter sua punição diminuída para 2 anos e 4 meses. “Meu texto contempla o Bolsonaro, só não resolve o problema dele. Quer benefício maior que esse?”, declarou o deputado em entrevista.
A posição de Paulinho da Força contraria diretamente as exigências do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que condicionou a desistência de sua pré-candidatura ao Planalto à possibilidade de o pai estar “livre nas urnas”. Sem a anistia, Jair Bolsonaro permanece inelegível, o que inviabiliza sua participação na disputa presidencial do próximo ano.
O parlamentar também criticou a postura do PL, partido de Bolsonaro, que estaria dificultando a tramitação do projeto ao não aceitar os termos da dosimetria. “Se eles não aceitam, não tem votação. Se eles aceitam o meu projeto, a minha proposta está resolvida”, afirmou Paulinho, destacando que a resistência da legenda trava o avanço das negociações.
A discussão sobre anistia ou redução de penas ocorre em meio às pressões de aliados do ex-presidente, que buscam alternativas para reverter sua situação jurídica. No entanto, Paulinho da Força deixou claro que a tentativa de golpe e os atos antidemocráticos não podem ser apagados por um perdão legislativo, ainda que haja ajustes técnicos nas condenações.
Com a prisão de Jair Bolsonaro e a impossibilidade de sua candidatura, o nome de Flávio Bolsonaro surge como substituto natural dentro do PL. Contudo, a insistência do senador em condicionar sua retirada da disputa à liberdade política do pai mantém o impasse e aumenta a incerteza sobre os rumos da legenda.






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