Alexandre de Moraes autoriza visita religiosa a Jair Bolsonaro em prisão domiciliar
- Luana Valente

- 8 de out.
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Brasília — O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou o pedido feito pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para receber visitas de um grupo de oração liderado pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. A decisão, publicada em 7 de outubro de 2025, permite que os 16 integrantes do grupo religioso visitem Bolsonaro em sua residência, onde cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto.
A visita está marcada para o dia 8 de outubro, das 9h às 18h, e inclui também senadores aliados como Ciro Nogueira (PP-PI), Marcos Pontes (PL-SP), Márcio Bittar (PL-AC), além do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto.
Bolsonaro foi condenado pelo STF a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado. A prisão domiciliar foi determinada após o ex-presidente descumprir medidas cautelares, como a proibição de aparições públicas. A infração ocorreu durante uma manifestação registrada em vídeo por seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), e divulgada nas redes sociais.
Na decisão, Moraes destacou que a Constituição Federal garante o direito à assistência religiosa a todos os presos, sejam provisórios ou definitivos. O ministro alertou, no entanto, que o grupo de oração não pode ser usado como subterfúgio para visitas não autorizadas. Todos os veículos que entrarem ou saírem da residência de Bolsonaro deverão passar por vistoria, conforme determinações judiciais anteriores.
Além da autorização para visitas religiosas, Moraes também deu prazo de cinco dias para que a defesa de Bolsonaro informe se o ex-presidente pretende conceder entrevistas à imprensa. Três pedidos foram protocolados por veículos como Folha de S.Paulo, revista Veja e o podcast Café com Ferri. A decisão sobre as entrevistas dependerá da manifestação da defesa e da avaliação sobre possíveis ajustes nas medidas cautelares.
A defesa do ex-presidente também aguarda resposta sobre o pedido de revogação da prisão domiciliar, protocolado em setembro, que ainda depende de manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR).






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