Alta do dólar pressiona reajuste nos preços da gasolina no Brasil
- Luana Valente
- 3 de jan.
- 1 min de leitura

A recente valorização do dólar frente ao real tem gerado uma pressão significativa para o reajuste dos preços da gasolina no Brasil. Com o dólar cotado a R$ 6,16, a Petrobras pode ser obrigada a aumentar os preços dos combustíveis nos próximos dias.
O preço do petróleo, cotado em dólares, é um dos principais fatores que influenciam o custo da gasolina. Atualmente, o barril de petróleo tipo Brent está avaliado em 75 dólares¹. A valorização do dólar encarece a commodity quando convertida para reais, aumentando a defasagem dos preços dos combustíveis em relação à paridade internacional.
Segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), os preços da gasolina estão 10% defasados em relação à paridade internacional, o que equivale a 29 centavos por litro. No caso do diesel, a defasagem é ainda maior, chegando a 18%, ou 62 centavos por litro.
A Petrobras não reajusta os preços da gasolina há quase seis meses e não anuncia mudanças no diesel há mais de um ano¹. Essa defasagem pode resultar em prejuízos para a estatal e criar um desincentivo para a importação de combustíveis, além de impactar diretamente os consumidores brasileiros.
A alta do dólar, portanto, não apenas pressiona a necessidade de reajustes nos preços dos combustíveis, mas também reflete a complexidade da relação entre câmbio e preços de commodities no mercado interno. A manutenção de preços artificialmente baixos pode ter consequências econômicas significativas, incluindo a escassez de oferta e problemas na cadeia de distribuição.
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