Cartões de crédito de Alexandre de Moraes são bloqueados após sanções dos EUA, afirma jornalista

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, teve seus cartões de crédito bloqueados como consequência direta das sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos, conforme previsto pela Lei Magnitsky Global. A informação foi transmitida pelo jornalista Valdo Cruz, comentarista de política e economia da GloboNews.

“Os bancos fizeram consultas a escritórios, tanto no Brasil quanto nos EUA, em Nova Iorque, pra saber, qual era o alcance da ordem executiva ao Alexandre de Moraes. Os bancos fizeram esta consulta e levaram essa informação até o Supremo Tribunal Federal”, declarou Valdo Cruz.

O jornalista também explicou que, com a sanção, Moraes está proibido de realizar qualquer transação que envolva instituições financeiras dos EUA ou bandeiras internacionais como Visa, MasterCard e American Express. Isso afeta não apenas o uso de cartões de crédito, mas também pagamentos via plataformas como PayPal e serviços digitais de empresas americanas, como Uber, Amazon, Apple e Google.

“Por enquanto, os bancos mandaram orientação que operação em real está permitido, operação em dólar não, cartão de crédito não, cartão de crédito com bandeira nacional, nós temos um só, então pode fazer”, frisou.

Posicionamento dos EUA e resposta do STF

A medida foi oficializada pelo Departamento do Tesouro americano na quarta-feira (30), e inclui o bloqueio de todos os bens e contas bancárias vinculados ao ministro em território norte-americano.

A inclusão de Moraes na lista de sancionados decorre de decisões judiciais que, segundo o governo americano, violam direitos humanos e afetam cidadãos e empresas dos Estados Unidos. O Tesouro americano citou ações do ministro contra perfis e contas em redes sociais, além de investigações envolvendo figuras políticas brasileiras, como o ex-presidente Jair Bolsonaro.

O STF reagiu às sanções com uma nota oficial, afirmando que não aceitará pressões externas e que todas as decisões de Moraes foram confirmadas por colegiados da Corte. No entanto, os últimos acontecimentos elucidam que Moraes não conta com o apoio unânime, uma vez que obteve resposta negativa da maioria dos magistrados ao propor a assinatura de uma carta conjunta em sua defesa, após ser incluído na lista da Lei Magnitsky.