
A declaração recente do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), sobre os atos de 8 de janeiro de 2023 acendeu esperanças entre os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de que um projeto de anistia para os envolvidos possa ser debatido no Congresso Nacional.
Em entrevista à rádio Arapuan FM, de João Pessoa, Motta afirmou que os atos de violência contra os prédios dos três poderes não foram uma tentativa de golpe, mas sim atitudes de "vândalos" e "baderneiros". Ele argumentou que, para ser considerado um golpe, haveria necessidade de um líder e apoio de outras instituições interessadas, o que não ocorreu.
Essa visão foi bem recebida pelos parlamentares ligados ao Centrão, que vê na fala de Motta uma possível abertura para a discussão do projeto de anistia. O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), expressou otimismo de que os atos em março possam ajudar a trazer o apoio de parlamentares para a proposição.
Por outro lado, os petistas consideraram a fala de Motta como "absurda" e alertaram para a necessidade de uma atenção redobrada com os passos do presidente da Câmara. O deputado Carlos Zaratini (PT-SP) destacou que negar a tentativa de golpe de 8 de janeiro é inaceitável, especialmente após as provas obtidas na CPI do Congresso e nas investigações do STF.
A declaração de Motta vem em um momento de tensão política, com apoiadores do ex-presidente Bolsonaro organizando uma manifestação para o dia 16 de março, visando mobilizar o Congresso Nacional a colocar a anistia aos presos do 8 de janeiro na pauta.
A situação continua a ser monitorada de perto, enquanto os debates sobre a anistia e a postura de Hugo Motta ganham destaque na política nacional.
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