Dino segue Moraes para condenar cabeleireira que pichou ‘perdeu, mané’ em estátua do STF

Joedson Alves/Agencia Brasil

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), acompanhou o voto do relator Alexandre de Moraes para condenar Débora Rodrigues dos Santos, cabeleireira acusada de pichar a frase "perdeu, mané" na estátua da Justiça, localizada em frente à sede do STF. O ato ocorreu durante os ataques antidemocráticos de 8 de janeiro, que visaram as sedes dos Três Poderes em Brasília.

Débora foi acusada de cinco crimes, incluindo golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado ao patrimônio público, deterioração de patrimônio tombado e associação criminosa armada. A pena total proposta por Moraes é de 14 anos de prisão, sendo 12 anos e seis meses em regime fechado e um ano e seis meses em regime semiaberto ou aberto. Além disso, foi imposto o pagamento de uma multa de aproximadamente R$ 50 mil e uma indenização coletiva de R$ 30 milhões.

O julgamento ocorre no plenário virtual da Primeira Turma do STF e está previsto para ser concluído até 28 de março. Até o momento, apenas Dino e Moraes registraram seus votos. Os ministros Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux ainda precisam se manifestar.

A frase "perdeu, mané" tornou-se emblemática após ser utilizada pelo ministro Luís Roberto Barroso em 2022, em resposta a apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro que o abordaram em Nova York. Débora, que está presa desde março de 2023, afirmou em carta que não tinha conhecimento da importância da estátua na época do ato e pediu desculpas à nação brasileira.