“Dobrando a aposta com dinheiro dos outros”, frisa advogado de Trump ao se referir às medidas impostas de Moraes
- Luana Valente

- 20 de ago.
- 2 min de leitura

O advogado Martin De Luca, representante da Trump Media — grupo de comunicação ligado ao presidente norte-americano Donaldo Trump — fez duras críticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, em publicação recente na rede social X. Segundo De Luca, Moraes estaria “dobrando a aposta com dinheiro dos outros”, em referência às decisões judiciais e políticas que, segundo ele, têm impacto direto sobre a economia brasileira e os investidores.
De Luca afirmou que o ministro “gosta de se gabar em entrevistas de que nunca recua, sempre dobrando e triplicando a aposta”, mas alertou que o problema é a origem dos recursos envolvidos. “É fácil jogar duro quando as fichas pertencem aos contribuintes e investidores brasileiros”, escreveu o advogado.
A crítica veio acompanhada de uma análise sobre os efeitos das decisões judiciais recentes no mercado financeiro. De Luca apontou que ações de bancos brasileiros despencaram, o dólar subiu e os custos de crédito dispararam, em resposta à insegurança jurídica alimentada por medidas que, segundo ele, visam proteger Moraes de sanções internacionais. “Quanto mais da credibilidade e prosperidade do Brasil ele vai queimar antes que alguém descubra seu blefe?”, questionou.
O advogado também criticou o ministro da Justiça, Flávio Dino, por abrir caminho para que Moraes recorra ao próprio STF contra sanções impostas pelos Estados Unidos com base na Lei Magnitsky. Para De Luca, a medida, apresentada como defesa da soberania nacional, apenas contribui para a “incerteza jurídica generalizada”.
As declarações de De Luca ocorrem em meio a tensões diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos, após sanções aplicadas a autoridades brasileiras por supostas violações de direitos civis e liberdade de expressão. Moraes tem sido figura central em decisões que envolvem o combate à desinformação e à incitação ao golpe, o que o colocou sob escrutínio internacional.






Comentários