Ex-assessor de Alexandre de Moraes promete divulgar documentos sobre suposto artimanha institucional nas eleições de 2022
- Luana Valente
- há 4 dias
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O ex-chefe de gabinete de Alexandre de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Eduardo Tagliaferro, voltou ao centro das atenções nesta quarta-feira (30), após afirmar publicamente que possui documentos que comprovariam um suposto conluio entre a Procuradoria-Geral da República (PGR), o Supremo Tribunal Federal (STF) e o próprio TSE durante o processo eleitoral de 2022.
Durante participação ao vivo no programa Revista Timeline, Tagliaferro declarou estar fora do Brasil — atualmente na Itália — e prometeu tornar públicos os documentos que, segundo ele, revelariam “fraudes” e “articulações institucionais” com impacto direto nas eleições. “Tenho bastante coisa. Tem algumas coisas fraudulentas que foram feitas”, afirmou, sem detalhar o conteúdo.
Contexto e repercussão
• Tagliaferro segurava uma garrafa de espumante durante a transmissão, em aparente comemoração à sanção imposta pelos Estados Unidos ao ministro Alexandre de Moraes, com base na Lei Magnitsky.
• Questionado sobre o teor das informações, ele disse estar “trabalhando para isso” e confirmou que fará revelações contra Moraes.
• Em abril, a Polícia Federal indiciou Tagliaferro por violação de sigilo funcional com dano à administração pública, após a divulgação de conversas internas entre Moraes e servidores do TSE e STF.
O inquérito foi encaminhado ao STF, e Tagliaferro ainda não foi formalmente denunciado. No entanto, ele afirmou que espera ser denunciado após suas declarações: “Depois de hoje serei denunciado, e o azar é só deles. Quanto mais eles fazem, eu faço”.
As acusações e a promessa de divulgação de documentos sigilosos ocorrem em meio a um cenário de crescente tensão entre instituições brasileiras e podem gerar desdobramentos políticos e jurídicos nas próximas semanas.
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