O procurador-geral da República, Paulo Gonet Branco, apresentou na terça-feira (18) uma denúncia contra 34 pessoas por tentativa de golpe de Estado, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro. No entanto, Valdemar Costa Neto, presidente nacional do Partido Liberal (PL), e outros nove indiciados pela Polícia Federal (PF) ficaram de fora da denúncia.
A decisão de Gonet foi baseada no inquérito da PF que, em novembro de 2024, indiciou 40 pessoas por uma suposta trama golpista para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Entre os excluídos da denúncia estão Tércio Arnaud Tomaz, ex-assessor de Bolsonaro, e o influenciador argentino Fernando Cerimedo, conhecido por divulgar fake news sobre as urnas eletrônicas.
Por outro lado, Gonet incluiu quatro pessoas que não haviam sido citadas anteriormente pela PF, como o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, e a ex-diretora do Ministério da Justiça, Marília Ferreira de Alencar. Ambos são acusados de atuar nas blitze montadas pela PRF no dia da votação do segundo turno, com o intuito de dificultar o trânsito de eleitores de Lula, especialmente na região Nordeste.
A exclusão de Valdemar Costa Neto e outros indiciados pela PF gerou questionamentos e insegurança quanto a condução das investigações e a seletividade das denúncias apresentadas pela PGR.
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