Helder Barbalho solicita GLO para garantir segurança da COP30 em Belém

Ricardo Stuckert

Belém, PA — O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), confirmou a solicitação de uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) ao governo federal para garantir a segurança durante a realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que ocorrerá em Belém entre os dias 10 e 21 de novembro. A medida inclui também a Cúpula de Líderes, marcada para os dias 6 e 7 de novembro, que reunirá chefes de Estado, ministros e representantes de organizações internacionais.

A GLO é um instrumento previsto no Artigo 142 da Constituição Federal, que permite o uso das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica) em ações de segurança pública em situações excepcionais. A operação só pode ser autorizada por meio de decreto presidencial, e segundo o governador, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já sinalizou positivamente para a autorização, que está sendo articulada com a Casa Civil e o Ministério da Defesa.

“O foco será, sobretudo, a segurança de autoridades que participarão da conferência. Haverá GLO. Combinamos com as Forças Armadas. A demanda obrigatoriamente precisa ser do estado”, declarou Helder Barbalho em entrevista.

A atuação das Forças Armadas está prevista para ocorrer entre os dias 5 e 21 de novembro, cobrindo todo o período da COP30 e os eventos preparatórios. A capital paraense será palco de debates e negociações internacionais sobre os principais desafios e compromissos no enfrentamento da crise climática global.

A solicitação da GLO ocorre em meio a preocupações com a segurança pública e à necessidade de garantir a integridade dos participantes e das delegações internacionais. A medida já foi adotada em outras ocasiões no Brasil, como durante a reunião do G20 no Rio de Janeiro, em 2024.

A expectativa é que o decreto presidencial seja publicado nos próximos dias, formalizando a operação e detalhando o escopo da atuação militar. A COP30 será a primeira edição da conferência climática realizada na Amazônia, e a presença das Forças Armadas é vista como estratégica para assegurar a logística e a proteção dos eventos oficiais.