A Interpol removeu os dados do jornalista Allan dos Santos de seu sistema, após suspeitas de perseguição política. A decisão foi tomada pela Comissão de Controle dos Arquivos da Interpol em outubro de 2024, atendendo a um pedido da defesa de Allan dos Santos. A informação foi divulgada apenas neste sábado, 22, após o levantamento do sigilo do processo PET 9935 pela defesa do jornalista.
Allan está exilado nos Estados Unidos desde 2020 e continua a atuar nas redes sociais, independente das restrições impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Moraes teve o pedido atendido de inclusão de Allan dos Santos na Lista Vermelha da Interpol, sob o argumento de que a ordem poderia ter motivação política e representar restrição à liberdade de imprensa.
A decisão da Interpol de remover os dados de Allan dos Santos de seu sistema foi vista por muitos como uma vitória para a defesa do jornalista, que argumentou que as acusações contra ele eram motivadas por perseguição política.
O jornalista é conhecido por suas posições políticas alinhadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, é investigado no Brasil por crimes de calúnia, injúria, ameaça e organização criminosa, no âmbito dos inquéritos das milícias digitais e das fake news.
A remoção dos dados pode ter implicações significativas para o andamento dos processos judiciais contra Allan dos Santos no Brasil, uma vez que a Interpol não mais colaborará com as autoridades brasileiras na busca e captura do jornalista.
A defesa de Allan dos Santos comemorou a decisão, afirmando que a remoção dos dados é um reconhecimento da perseguição política sofrida pelo jornalista.
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