Marco Aurélio repudia gesto obsceno de Alexandre de Moraes em estádio: “Precisamos fechar o país para balanço”
- Luana Valente
- 31 de jul.
- 2 min de leitura

Em um episódio que gerou forte repercussão nacional, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio de Mello, criticou duramente o gesto obsceno feito por seu ex-colega de Corte, Alexandre de Moraes, durante o clássico entre Corinthians e Palmeiras, realizado na última quarta-feira (30/7), pela Copa do Brasil, na Neo Química Arena, em São Paulo.
Durante a partida, Moraes foi vaiado por torcedores nas arquibancadas e respondeu mostrando o dedo do meio — gesto considerado obsceno e ofensivo. O ato ocorreu poucos dias após o governo dos Estados Unidos, sob a administração de Donald Trump, aplicar sanções contra Moraes com base na Lei Magnitsky, que permite punições por supostas violações de direitos humanos.
Marco Aurélio afirmou ter ficado perplexo com o comportamento de Moraes, chegando a pensar que se tratava de uma montagem ou fake news. “Não acreditei que ele pudesse realmente praticar esse ato que nós sabemos que é obsceno. Não sei o que houve, como ele chegou a essa prática e por que chegou”, declarou.
O ex-ministro também relembrou outro episódio polêmico envolvendo o atual presidente do STF, Luís Roberto Barroso, que em Nova York se dirigiu a um manifestante com a frase “perdeu, mané”. Para Marco Aurélio, esses comportamentos representam uma “extravagância ímpar” e indicam uma degradação preocupante na postura de autoridades públicas.
Em tom de desabafo, Marco Aurélio questionou o cenário político e institucional do país: “Qual é o período que nós estamos vivendo no país? Precisaremos fechar o país para balanço para ter uma correção de rumos?”.
Ele também lamentou a perda de liberdade dos ministros do STF em espaços públicos, afirmando que hoje “só conseguem sair a público com um contingente de seguranças”. Segundo ele, atitudes como a de Moraes alimentam o desgaste da imagem do Supremo perante a população.
Marco Aurélio encerrou sua crítica dizendo acreditar que Moraes deveria estar “super arrependido” do gesto, e reforçou a necessidade de uma profunda reflexão sobre os rumos da República.
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