Médicos de Bolsonaro aguardam aval do STF para cirurgia
- Luana Valente

- há 3 dias
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Equipe está de sobreaviso e pronta para deslocamento a Brasília após decisão judicial

A equipe médica responsável pelo acompanhamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) encontra-se de sobreaviso para viajar a Brasília e realizar uma nova cirurgia, assim que houver autorização do Supremo Tribunal Federal (STF). O procedimento foi recomendado após laudo da Polícia Federal (PF) confirmar que Bolsonaro apresenta hérnia inguinal bilateral, condição que necessita reparo cirúrgico em caráter eletivo.
O cirurgião geral Cláudio Birolini, que acompanha o ex-presidente em São Paulo, declarou neste domingo (21) que a equipe está preparada para agir imediatamente. “Saindo a autorização daremos seguimento, independente da data”, afirmou em entrevista à CNN Brasil. A declaração reforça a expectativa de que o aval do ministro Alexandre de Moraes seja concedido nos próximos dias, permitindo a internação e o preparo pré-operatório.
A perícia médica realizada pela PF concluiu que o procedimento deve ser feito “o mais breve possível”, embora não seja considerado emergencial. O laudo também apontou que o bloqueio do nervo frênico, indicado para tratar os episódios recorrentes de soluços de Bolsonaro, é tecnicamente pertinente e deve ser realizado em conjunto com a cirurgia.
A defesa do ex-presidente já comunicou ao STF a necessidade da intervenção, mas ainda não definiu a data exata. De acordo com os trâmites legais, após a indicação da equipe médica, a Procuradoria-Geral da República terá até 24 horas para emitir parecer sobre o procedimento. O ministro Alexandre de Moraes autorizou a cirurgia eletiva, mas negou o pedido de prisão domiciliar feito pela defesa Rádio Itatiaia.
Bolsonaro, que já passou por sete cirurgias desde o atentado a faca em 2018, enfrenta complicações recorrentes no sistema digestivo e episódios persistentes de soluços no pós-operatório. A nova intervenção busca corrigir a hérnia e aliviar os sintomas que vêm se agravando nos últimos meses.
Com a equipe médica em alerta e a decisão do STF pendente, o caso segue como mais um capítulo da complexa rotina de saúde do ex-presidente, que permanece sob custódia da Polícia Federal em Brasília.






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