“Nora de Míriam Leitão abastecia grupo paralelo”, denuncia Eduardo Tagliaferro
- Luana Valente

- 3 de set.
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Durante audiência pública realizada no Senado Federal, na terça-feira (2), o perito computacional e ex-assessor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Eduardo Tagliaferro, fez uma grave denúncia sobre a atuação de núcleos informais dentro da Justiça Eleitoral. Segundo Tagliaferro, Giselly Siqueira — nora da jornalista Míriam Leitão — teria atuado como peça-chave em um “grupo paralelo” responsável por filtrar e repassar informações sensíveis fora da estrutura oficial do Tribunal.
A audiência foi promovida pela Comissão de Segurança Pública e contou com a presença de parlamentares da oposição e especialistas em direito digital. Tagliaferro afirmou que Giselly exercia influência direta sobre decisões de censura de conteúdos nas redes sociais, operando como uma espécie de “filtro estratégico” entre juízes, servidores e o núcleo ligado ao ministro Alexandre de Moraes.
“Havia uma estrutura informal que decidia o que deveria ser removido da internet, sem respaldo formal ou documentação oficial. Giselly Siqueira era a principal operadora desse sistema”, declarou Tagliaferro.
A denúncia se insere no contexto das investigações sobre os atos de 8 de janeiro quando manifestantes invadiram as sedes dos Três Poderes em Brasília. Segundo o ex-assessor, dados sobre esses eventos eram compartilhados por canais paralelos, o que levanta preocupações sobre a legalidade e a transparência das ações do TSE naquele período.
A jornalista Míriam Leitão não se pronunciou publicamente sobre as acusações envolvendo sua nora até o momento. Já o TSE, procurado por veículos de imprensa, afirmou que todas as decisões relacionadas à remoção de conteúdo seguem os protocolos legais e são respaldadas por ordens judiciais.
Parlamentares da base governista classificaram a denúncia como “especulativa”, enquanto opositores pedem a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o caso.






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