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“O STF editou o vídeo antes de juntar ao processo”, denuncia advogado de Filipe Martins


Reprodução: fotomontagem
Reprodução: fotomontagem

O advogado Jeffrey Chiquini, defensor de Filipe Martins — ex-assessor especial da Presidência da República no governo Bolsonaro —, acusou o Supremo Tribunal Federal (STF) de editar o vídeo do depoimento do general da reserva Gonçalves Dias, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), antes de anexá-lo ao processo que investiga os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.


Segundo Chiquini, o vídeo disponibilizado nos autos teria sido alterado para suprimir o momento em que o ministro Alexandre de Moraes cassou sua palavra durante a audiência. O trecho, embora ausente no vídeo, aparece na transcrição oficial do depoimento, o que, segundo o advogado, comprovaria a manipulação do material audiovisual. “Porque editaram? Porque quiseram esconder que um advogado foi cerceado, calado?”, questionou Chiquini em entrevista.


Gonçalves Dias foi ouvido como testemunha de defesa em uma das ações penais que apuram a suposta tentativa de golpe. Durante a sessão, o advogado Chiquini fez perguntas sobre a atuação do GSI nos eventos de 8 de janeiro, mas foi interrompido por Moraes, que considerou as perguntas repetitivas e acusatórias. Em determinado momento, o ministro silenciou o microfone do advogado e cassou sua palavra.


A defesa de Martins afirma que esse episódio representa uma violação das garantias fundamentais e do direito ao contraditório. Chiquini acionou a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para que apure o caso e solicitou o envio da íntegra do vídeo da audiência, além dos documentos que tratam da apresentação voluntária de testemunhas e registros que confirmem a retirada de sua palavra.


Durante seu testemunho, Gonçalves Dias afirmou que recebeu alertas sobre os atos golpistas apenas por mensagens de WhatsApp, enviadas por Saulo Moura Cunha, então diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Ele destacou que essas mensagens não constituíam informações oficiais e que o plano de segurança “Escudo do Planalto” estava acionado.


A denúncia de edição impulsiona o debate sobre a transparência e imparcialidade do STF em processos de alta carga política. Até o momento, o Supremo Tribunal Federal não se pronunciou oficialmente sobre as acusações.



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