
Em uma entrevista recente, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez um apelo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para que conceda indulto aos presos pelos atos de 8 de janeiro. Bolsonaro afirmou que a maior pena imposta pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, foi afastar os condenados de suas famílias, destacando que muitos deles foram sentenciados a penas de 14 a 17 anos de prisão.
Durante a entrevista, Bolsonaro argumentou que não houve tentativa de golpe, comparando a narrativa dos eventos a um "livro de ficção". Ele enfatizou que os condenados estão em presídios federais e que o desejo de reencontrar seus filhos é o que os mantém vivos.
“Não é um cara lá aparecer no computador dele um plano tal, um plano tabajara, não tem como ir pra frente. É a mesma coisa que você escrever um livro de ficção, que golpe é esse? Vamos sequestrar e envenenar? Que loucura é essa, agora tem pessoas sofrendo… Perdoa esse pessoal Lula”, pediu Bolsonaro.
O pedido de Bolsonaro veio após o anúncio do indulto de Natal por Lula, que beneficiou determinados grupos de criminosos, mas excluiu os envolvidos nos atos de 8 de janeiro. O decreto de indulto incluiu pessoas com doenças graves, gestantes de alto risco e outros grupos vulneráveis, mas deixou de fora aqueles condenados por crimes contra o Estado Democrático de Direito.
“Não botou ninguém do 8 de janeiro. Todo mundo sabe, a não ser umas poucas pessoas querem forçar a barra, que ninguém tentou dar um golpe. O próprio ministro da defesa disse: um golpe tem que ter um cabeça na frente, precisa ter as Forças Armadas, tem que ter algo a mais”, argumentou Bolsonaro.
Michelle Bolsonaro, esposa do ex-presidente, também criticou a decisão de Lula, chamando-o de "coração de pedra" por não incluir os presos do 8 de janeiro no indulto.
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