“Permite que a lei seja rasgada”, declara Deputado Marcel van Hattem ao criticar recondução de Paulo Gonet à PGR
- Luana Valente

- 13 de nov.
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Em meio à votação que confirmou a recondução de Paulo Gonet ao cargo de Procurador-Geral da República (PGR), o deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS) fez duras críticas ao processo e à atuação do procurador. A aprovação ocorreu nesta quarta-feira (12), após sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e posterior votação no plenário.
Durante a sabatina, Gonet recebeu o aval da CCJ por 17 votos favoráveis e 10 contrários. A indicação, feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, garante ao procurador mais dois anos à frente da PGR, com mandato até 2027.
Van Hattem, que acompanhou parte da sessão, classificou o processo como uma “sabatina fake” e acusou parlamentares governistas de conivência com abusos institucionais. “Saí revoltado da CCJ. O que estamos vendo é uma sabatina fake, com governistas ignorando o fato de que o procurador-geral Paulo Gonet tem permitido que a lei seja rasgada todos os dias, condenando pessoas inocentes apenas por viés político”, declarou o deputado.
Segundo Van Hattem, o Ministério Público sob a gestão de Gonet tem aceitado denúncias frágeis, sem provas consistentes ou individualização de condutas, o que, segundo ele, configura perseguição política. O parlamentar também criticou a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF), apontando uma suposta colaboração entre os poderes para silenciar opositores.
A recondução de Gonet ocorre em um contexto de intensos debates sobre o papel do Ministério Público e sua relação com os demais poderes. Apesar das críticas, o procurador obteve apoio suficiente no Senado para continuar no cargo, reforçando a confiança da maioria dos parlamentares em sua condução à frente da PGR.
Van Hattem, por sua vez, prometeu continuar denunciando o que considera abusos e arbitrariedades. “Não podemos normalizar a violação de direitos e a instrumentalização da Justiça para fins políticos”, concluiu.
A recondução de Paulo Gonet marca mais um capítulo na disputa entre setores do Congresso e instituições do sistema de Justiça, evidenciando o clima de polarização que ainda permeia o cenário político nacional.






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