
Em um movimento diplomático significativo, o governo brasileiro decidiu enviar a embaixadora Gilvânia Maria de Oliveira para representar o país na posse do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, marcada para o dia 10 de janeiro em Caracas. A decisão foi tomada apesar do distanciamento recente entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Maduro, especialmente após as eleições venezuelanas do ano passado, que foram marcadas por alegações de fraude.
A embaixadora Gilvânia Maria de Oliveira, que chefia a representação diplomática brasileira na Venezuela, recebeu sinal verde de Brasília para participar da cerimônia. A decisão de enviar um representante de fora do primeiro escalão reflete a postura cautelosa do governo brasileiro, que optou por manter canais de diálogo abertos com o regime chavista, mesmo sem reconhecer oficialmente o resultado das eleições.
A posse de Maduro ocorre em um contexto de tensões políticas e sociais na Venezuela. A Missão Internacional Independente de Apuração de Fatos sobre a Venezuela, ligada ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, emitiu um alerta para que o governo Maduro permita protestos pacíficos durante a cerimônia, sem medo de represálias. Além disso, a entidade reforçou o pedido para que todos os opositores presos sejam libertados.
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