Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, enfrenta críticas após viagem ao exterior e sem pautar anistia
- Luana Valente
- 11 de abr.
- 2 min de leitura

Uma decisão inesperada do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), gerou repercussão negativa nos bastidores do Congresso Nacional. Motta deixou o Brasil nesta semana para uma viagem ao exterior com sua família, em um momento crucial para a oposição, que se mobilizava para votar a urgência do projeto de anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro.
A ausência de Motta adiou discussões importantes, como a votação do requerimento de urgência para o projeto de anistia, que agora deve ser apresentada apenas na reunião de líderes marcada para o dia 24 de abril.
O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou que ainda está em busca das 257 assinaturas necessárias para que o requerimento seja votado.
Enquanto isso, o vice-presidente da Câmara, Altinêu Cortes (PL-RJ), assumiu os trabalhos, mas já declarou que não tomará decisões sobre o projeto durante o período de ausência de Motta.
A decisão de viajar em meio a um momento de tensão política foi vista por muitos como uma atitude controversa, especialmente considerando a polarização em torno do projeto de anistia. A oposição segue pressionando para que o tema seja pautado, enquanto aliados de Motta tentam minimizar os impactos da ausência do presidente da Câmara.
A viagem de Hugo Motta também interrompeu a tradicional reunião de líderes, que não foi realizada na última quinta-feira (10). Motta comunicou que as votações remotas estarão liberadas durante a próxima semana, mas sem avanços significativos no projeto de anistia.
A situação evidencia os desafios enfrentados pelo presidente da Câmara em equilibrar as demandas do governo e da oposição, além de lidar com as críticas sobre sua gestão em momentos decisivos para o país.
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