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Quatro deputados do Pará assinam apoio ao projeto de anistia para atos de 8 de janeiro

Dos 17 parlamentares paraenses na Câmara, só integrantes do PL e um deputado do MDB aderiram ao requerimento de urgência para o projeto que pode beneficiar envolvidos nos ataques antidemocráticos em Brasília


Reprodução Metrópoles
Reprodução Metrópoles

Dos 17 deputados federais que compõem a bancada do Pará na Câmara dos Deputados, apenas quatro assinaram o requerimento de urgência para votação do polêmico Projeto de Lei que prevê a anistia de pessoas investigadas ou condenadas por participação nos atos golpistas do dia 8 de janeiro de 2023, em Brasília. A proposta também pode abrir caminho para beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), réu no Supremo Tribunal Federal (STF).


Assinaram o requerimento os deputados Delegado Caveira (PL), Delegado Éder Mauro (PL), Joaquim Passarinho (PL) e Olival Marques (MDB). Os três primeiros fazem parte do Partido Liberal, principal legenda de oposição ao governo federal. Já Olival Marques se destacou como o único deputado do MDB no Pará a apoiar formalmente a iniciativa.


O pedido de urgência foi apresentado pelo líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), com o objetivo de acelerar a tramitação do projeto e levá-lo diretamente ao plenário, sem a necessidade de passar por comissões temáticas. A proposta de anistia tem gerado forte reação de diferentes setores da sociedade civil, entidades jurídicas e de defesa da democracia, que alertam para o risco de impunidade.


Entenda o que está em jogo


O projeto de anistia visa beneficiar cidadãos que participaram de atos considerados antidemocráticos e golpistas, incluindo invasões e depredações às sedes dos Três Poderes da República em Brasília, no dia 8 de janeiro do ano passado. De acordo com especialistas, o texto também poderia abrir espaço para a anistia de autoridades e lideranças políticas envolvidas na instigação ou organização dos atos, entre elas o ex-presidente Jair Bolsonaro.


Se o requerimento de urgência for aprovado, o projeto será votado diretamente no plenário da Câmara, sem análise das comissões de Constituição e Justiça, Direitos Humanos ou Segurança Pública. A estratégia da oposição é garantir uma tramitação mais rápida, aproveitando o apoio de parte do Congresso à pauta.


MDB dividido e PT contra


A assinatura do deputado Olival Marques contrasta com a posição da maioria dos parlamentares de seu partido no Pará. Nenhum outro membro do MDB paraense assinou o requerimento. Entre os deputados que não assinaram estão nomes como Andreia Siqueira, Alessandra Haber, Elcione, Henderson Pinto, Keniston Braga, José Priante e Renilce Nicodemos — todos do MDB.


Também não aderiram ao requerimento os dois deputados do Partido dos Trabalhadores (PT) na bancada paraense: Airton Faleiro e Dilvanda Faro. Ambos fazem parte da base de apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e têm se posicionado de forma veemente contra a proposta de anistia.


Outros parlamentares que se mantiveram fora da lista de assinaturas foram Celso Sabino (União Brasil), Antonio Doido (MDB), Junior Ferrari (PSD) e Raimundo Santos (PSD).


Lista completa dos deputados do Pará e suas posições


Assinaram o requerimento:


  • Delegado Caveira (PL)

  • Delegado Éder Mauro (PL)

  • Joaquim Passarinho (PL)

  • Olival Marques (MDB) – único do MDB a apoiar a proposta


Não assinaram o requerimento:


  • Airton Faleiro (PT)

  • Andreia Siqueira (MDB)

  • Antonio Doido (MDB)

  • Celso Sabino (União Brasil)

  • Dilvanda Faro (PT)

  • Alessandra Haber (MDB)

  • Elcione (MDB)

  • Henderson Pinto (MDB)

  • Junior Ferrari (PSD)

  • Keniston Braga (MDB)

  • José Priante (MDB)

  • Raimundo Santos (PSD)

  • Renilce Nicodemos (MDB)


Próximos passos e repercussão


A proposta de anistia será debatida nos próximos dias com atenção redobrada por parte do governo federal, do Supremo Tribunal Federal e de organizações da sociedade civil. Para que o requerimento de urgência seja aprovado, é necessário o apoio de ao menos 257 deputados — metade mais um do total da Casa. Caso isso ocorra, a votação pode acontecer em plenário a qualquer momento.



Via Pará Web News

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