Raul Araújo arquiva ação contra Bolsonaro em seu último dia no TSE
- Luana Valente
- 9 de set. de 2024
- 1 min de leitura

No último dia de seu mandato como corregedor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Raul Araújo decidiu arquivar uma ação movida pela coligação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. A ação alegava que a emissora Jovem Pan teria dado "tratamento privilegiado" à candidatura de Bolsonaro durante a campanha de reeleição de 2022.
Araújo argumentou que não foram apresentadas provas suficientes para comprovar que a emissora cometeu abuso de poder econômico ou político, nem uso indevido dos meios de comunicação de forma a comprometer a igualdade de oportunidades entre os candidatos. Ele destacou que as críticas e opiniões dos comentaristas da emissora estão protegidas pelo direito à liberdade de expressão, sem que houvesse pedido explícito de voto ou exposição desequilibrada de candidaturas.
Durante seu mandato, Araújo herdou dez ações contra Bolsonaro de seu antecessor, Benedito Gonçalves. Com o arquivamento desta ação, outras sete ainda aguardam julgamento no TSE. A ministra Isabel Gallotti assumirá como a nova corregedora do tribunal, enquanto o ministro Antonio Carlos Ferreira, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ocupará a cadeira deixada por Araújo.
Araújo é conhecido por sua fidelidade ao ex-presidente Bolsonaro, sendo o único ministro a votar consistentemente pela absolvição de Bolsonaro em todos os processos julgados na Corte Eleitoral.
A decisão de arquivar a ação foi tomada no dia 5 de setembro, durante a última sessão de Araújo como ministro da Corte Eleitoral. No dia seguinte, ele formalizou o arquivamento da ação que estava em tramitação desde 2022.
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