Relatório médico de Cleriston apontava risco de morte
- Luana Valente
- 21 de nov. de 2023
- 2 min de leitura

O pedido de liberdade provisória de Cleriston Pereira da Cunha feito pelo advogado de defesa, acompanhava um relatório médico em que apontava sobre o estado de saúde do empresário e o risco de morte, ressaltando a necessidade em caráter de urgência da soltura do preso. Cleriston foi acometido por um ataque cardíaco fulminante durante banho de sol, no Complexo da Papuda. Ele estava preso por supostamente ter envolvimento nos atos do dia 8 de janeiro. Cleriston tinha 46 anos, morava no Distrito Federal e deixa esposa e duas filhas.
O pedido de liberdade foi enviado a Moraes em Agosto. O pedido de liberdade provisória que recebeu parecer favorável do Ministério Público Federal (MPF), que estava no aguardo da análise do ministro Alexandre de Moraes, do STF.
O relatório médico deixa evidente os graves problemas de saúde do empresário e descreve que o “Paciente acompanha na reumatologia há cerca de 8 meses por quadro de vasculite de múltiplos vasos e miosite secundária à covid-19. Permaneceu internado em 2022 por 33 dias, submetido a pulsoterapia de corticoide, antibioticoterapia. Após alta hospitalar, está em uso das seguintes medicações: Prednisona em desmame, atualmente 5mg/dia; fluoxetina 20 mg/dia (devido síndrome vasovagal secundária à vasculite); propranolol 20mg 12X12 horas; azatioprina 100mg/dia. Em função da gravidade do quadro clínico, risco de morte pela imunossupressão e infecções, solicitamos agilidade na resolução do processo legal do paciente. Até pelo risco de nova infecção por covid que pode agravar o estado clínico do paciente”.
Quanto ao pedido de liberdade provisória apresentado pelo advogado Bruno Azevedo de Sousa declara sobre as necessidades de fazer exames, tratamento e acompanhamento devido as complicações de saúde que poderiam ser fatais.
“É de extrema importância informar, que recentemente a médica responsável pelo acompanhamento do paciente, solicitou exames necessários para assegurar a saúde do acusado, todavia, não pôde comparecer aos exames solicitados, devido a prisão preventiva, e vem convivendo em local degradante e insalubre, e que estas condições podem acarretar em complicações fatais para o paciente, ora acusado. Nesse sentido notório que a segregação prisional tem sido prejudicial à saúde ao referido, uma vez que a conjugação dos tais tratamentos também se faz necessário em conjunto com medicação prescrita”, relaa trecho do documento.
Vale frisar que um documento ambulatorial atestava que por duas vezes foram agendados atendimentos ao preso na unidade de reumatologia do HRT (Hospital Regional de Taguatinga), porém, não lhe foi dada a autorização para realizá-los.
Cleriston chegou a ser socorrido pela equipe do SAMU e Corpo de Bombeiros, mas já havia sido constatado que havia sofrido um mal súbito.
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