Sanção a Moraes serve de “alerta” às autoridades, declara Embaixada dos EUA no Brasil
- Luana Valente
- há 3 dias
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A Embaixada norte-americana em Brasília declarou que a sanção imposta ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, deve servir como “alerta” às autoridades que, segundo o governo dos EUA, violam direitos humanos.
A medida foi oficializada na quarta-feira (30), por meio da aplicação da Lei Magnitsky, instrumento legal utilizado pelos Estados Unidos para punir estrangeiros acusados de corrupção ou violações graves de direitos humanos. O Departamento do Tesouro e o secretário de Estado Marco Rubio alegaram que Moraes teria promovido detenções arbitrárias, censura e perseguições políticas, incluindo ações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.
“O secretário [do Departamento de Estado dos EUA] Marco Rubio, Donald Trump e o Departamento do Tesouro sancionaram o ministro do Supremo Tribunal Federal do Brasil, Alexandre de Moraes, por meio do programa de sanções Global Magnitsky, por graves violações de direitos humanos”, enfatiza o comunicado da embaixada.
A embaixada americana compartilhou a fala de Rubio: “Que isso sirva de alerta a todos que atropelam os direitos fundamentais de seus compatriotas – togas não oferecem proteção contra a justiça”. Além disso, a nota acusa Moraes de ordenar bloqueios de contas em redes sociais de cidadãos brasileiros e americanos, alegando censura e abuso de poder.
A sanção ocorre em meio ao processo judicial contra Jair Bolsonaro, acusado de suposta tentativa de golpe de Estado em 2022. O ex-presidente Donald Trump, que reassumiu o cargo em 2025, criticou o sistema judiciário brasileiro, chamando-o de “caça às bruxas” e “perseguição política” contra Bolsonaro.
O Palácio do Planalto contestou a sanção e considerou um ataque à soberania nacional.
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