ALERTA: Defesa de Carla Zambelli admite possibilidade de prisão na Itália
- Luana Valente
- 16 de jun.
- 2 min de leitura

Roma, Itália – A defesa da deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) reconheceu que a prisão da parlamentar em território italiano é uma possibilidade concreta. O advogado Fábio Pagnozzi, que assumiu o caso após a fuga da deputada para a Itália, afirmou que há uma "grande probabilidade" de que sua cliente seja detida a qualquer momento.
Zambelli foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a dez anos de prisão por envolvimento na invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A defesa recorreu da decisão, mas os embargos de declaração foram negados, determinando o cumprimento imediato da pena. Diante da situação, o governo brasileiro formalizou um pedido de extradição às autoridades italianas.
Apesar da possibilidade de prisão, Pagnozzi demonstrou confiança na obtenção de um habeas corpus para evitar a extradição. Segundo ele, a deputada possui residência na Itália, o que pode favorecer sua permanência no país. "Existe grande probabilidade de ela ser presa, isso pode acontecer a qualquer momento. E daí vamos fazer um recurso, apresentar um habeas corpus. Acreditamos que conseguirá permanecer na Itália", declarou o advogado.
O embaixador do Brasil em Roma, Renato Mosca, afirmou que há uma mobilização da polícia italiana para localizar e prender Zambelli, que está na lista de difusão vermelha da Interpol. No entanto, segundo Mosca, a parlamentar não pode ser detida em locais considerados invioláveis, como residências ou hotéis, devido às leis italianas.
A defesa de Zambelli aposta na Justiça italiana para evitar a extradição, argumentando que o crime pelo qual ela foi condenada no Brasil pode não ser considerado grave o suficiente para justificar sua entrega às autoridades brasileiras. Além disso, há expectativa de que fatores políticos possam influenciar na decisão, dado o perfil do governo italiano atual.
Enquanto aguarda os desdobramentos do caso, Zambelli permanece em Roma, evitando sair às ruas, mas sem se esconder da polícia. A deputada já declarou que prefere cumprir a pena na Itália a ser extraditada para o Brasil. A decisão final sobre sua prisão e possível extradição caberá à Justiça italiana nos próximos dias.
Comments