
Em um movimento que gerou repercussão internacional, a Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos solicitou ao governo brasileiro a reversão do bloqueio da plataforma X, anteriormente conhecida como Twitter. O pedido foi formalizado pelo deputado republicano Chris Smith, presidente do Subcomitê Global de Direitos Humanos da Câmara dos EUA, que expressou preocupações sobre a liberdade de expressão e a democracia no Brasil.
O bloqueio da rede social, de propriedade do empresário Elon Musk, foi ordenado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, no dia 30 de agosto. A decisão foi tomada após a plataforma não cumprir ordens de suspensão de perfis acusados de disseminar informações falsas e não pagar multas impostas.
Em sua declaração, Smith afirmou que a medida do STF representa uma ameaça direta às eleições livres e justas, além de ser um ataque à liberdade de expressão. "O Brasil deve reverter imediatamente o curso. As ameaças à liberdade de expressão são ameaças às eleições livres e à própria democracia", disse o parlamentar.
A decisão de Moraes foi criticada por diversos setores, que a consideram uma censura excessiva. Smith destacou que a proibição vai além da simples remoção de figuras políticas das mídias sociais, configurando-se como um ataque direto às liberdades civis no país.
O STF está atualmente analisando uma ação apresentada pelo partido Novo, que questiona a legalidade do bloqueio. O relator da ação, ministro Nunes Marques, solicitou mais informações a Moraes antes de encaminhar o caso ao plenário do STF para uma decisão final.
A situação continua a evoluir, com implicações significativas para a liberdade de expressão e a democracia no Brasil, enquanto a comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos.
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