Câmara aprova PL Antifacção e abre embate entre Lula e Motta
- Luana Valente

- 19 de nov.
- 2 min de leitura

A aprovação do Projeto de Lei Antifacção pela Câmara dos Deputados, na noite de terça-feira (18), com 370 votos favoráveis e 110 contrários, desencadeou uma disputa política entre o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O projeto, considerado um marco legal de combate ao crime organizado, foi defendido por Motta como essencial para reforçar a capacidade do Estado na segurança pública.
Motta acusa governo de “lado errado”
Em pronunciamento nas redes sociais, Motta afirmou que o governo Lula “errou” ao se posicionar contra a proposta. Para ele, o Executivo estaria tentando desinformar a população com “falsas narrativas” sobre os efeitos do projeto.
“Não se pode desinformar a população, que é alvo diariamente do crime, com inverdades. É muito grave que se tente distorcer os efeitos de um Marco Legal de Combate ao Crime Organizado cuja finalidade é reforçar a capacidade do Estado na segurança pública”, declarou.
Lula critica pontos do projeto
Por outro lado, Lula argumentou que o texto aprovado enfraquece o combate ao crime e gera insegurança jurídica. O presidente destacou que retirar recursos da Polícia Federal compromete a integração das forças de segurança e o trabalho de inteligência.
“Trocar o certo pelo duvidoso só favorece quem quer escapar da lei”, afirmou Lula em publicação.
Divergência exposta
O embate evidencia uma divisão institucional entre o Executivo e o Legislativo em torno da política de segurança pública. Enquanto Motta defende o projeto como resposta ao avanço das facções criminosas, Lula insiste que a proposta fragiliza o enfrentamento ao crime organizado.
A disputa amplia a tensão entre Planalto e Câmara, reforçando o protagonismo de Motta na condução da agenda legislativa.






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