Direita convoca novo ato para 7 de Setembro após manifestação na Avenida Paulista
- Luana Valente
- há 5 horas
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São Paulo — Após reunir milhares de apoiadores na Avenida Paulista no último domingo (29), o ex-presidente Jair Bolsonaro e lideranças da direita anunciaram uma nova manifestação para o feriado de 7 de Setembro, Dia da Independência do Brasil. O ato, que contou com a presença de parlamentares, governadores e líderes religiosos, teve como principais pautas críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF), defesa da anistia aos presos pelos atos de 8 de janeiro de 2023 e alegações de perseguição política.
Durante o evento, Bolsonaro voltou a afirmar que não houve tentativa de golpe e que é alvo de uma “injustiça”. Ele também criticou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e sugeriu, sem apresentar provas, que os ataques de 8 de janeiro foram orquestrados pela esquerda. “Se me derem 50% da Câmara e do Senado, eu mudo o futuro do Brasil”, declarou o ex-presidente.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), foi o único chefe de Executivo estadual a discursar no ato. Ele defendeu a anistia e afirmou que “o Brasil não aguenta mais o PT”. Outros nomes presentes incluíram os senadores Flávio Bolsonaro e Magno Malta, além dos deputados Bia Kicis e Gustavo Gayer. O pastor Silas Malafaia, organizador do evento, também fez duras críticas ao STF e convocou os manifestantes para o próximo ato em setembro.
A escolha do 7 de Setembro como data para a nova manifestação não é casual. Em anos anteriores, Bolsonaro utilizou o feriado para demonstrar força política, e a expectativa é de que o novo ato sirva como termômetro da mobilização da direita em meio ao avanço de investigações no STF que envolvem o ex-presidente e aliados.
A convocação ocorre em um momento delicado para Bolsonaro, uma vez que existe a possibilidade de um julgamento de uma suposta tentativa de “golpe” entre agosto e setembro. O processo, conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, está na fase de alegações finais.
A nova manifestação promete ressaltar temas sensíveis, destaques para o debate sobre os limites da liberdade de expressão, o papel das instituições democráticas e o futuro político da direita brasileira.
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