EUA identificam responsável por falsificação de dados migratórios de Filipe Martins, afirma advogado
- Luana Valente
- 8 de jul.
- 2 min de leitura
EUA identificam responsável por falsificação de dados migratórios de Filipe Martins, afirma advogado

Em um novo capítulo do caso envolvendo o ex-assessor da Presidência da República, Filipe Martins, o advogado Cheffrey Chiquini revelou que as autoridades norte-americanas já identificaram o responsável pela inserção fraudulenta de dados no sistema migratório dos Estados Unidos. A declaração foi feita durante entrevista ao programa Jornal da Auri Verde, onde Chiquini detalhou os avanços da ação judicial movida por Martins nos EUA.
Segundo o advogado, a falsificação teria sido realizada por um agente vinculado à Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP), órgão responsável pelo controle de entrada e saída de pessoas no território americano. A fraude envolveu a criação de um travel history que indicava uma suposta entrada de Martins em Orlando, em 30 de dezembro de 2022 — informação que, posteriormente, foi reconhecida como falsa pelo próprio governo dos EUA.
Além disso, o Chiquini adiantou que a ação de investigação vai render “prisão para autoridades brasileiras”.
“Essas autoridades que agiram de forma criminosa, intervieram no sistema de imigração americano. Isso não é brincadeira, isso é terrorismo nos Estados Unidos”.
Principais pontos do caso:
• O documento fraudado foi utilizado como base para a prisão de Martins no Brasil, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.
• A defesa aponta erros graves no registro, como nome incorreto, visto incompatível e número de passaporte cancelado.
• A Justiça americana autorizou a produção de provas, incluindo depoimentos de agentes federais e análise de documentos oficiais.
• A Embaixada dos EUA no Brasil repostou uma mensagem sobre crimes federais relacionados a fraudes com passaportes e vistos, interpretada como um sinal de atenção ao caso.
Implicações legais e diplomáticas
Caso fique comprovada a má-fé na inserção dos dados, os envolvidos poderão enfrentar sanções severas, como cancelamento de vistos, restrições de entrada nos EUA e até processos criminais. A defesa também não descarta a possibilidade de sanções diplomáticas contra o Brasil, caso se confirme a participação de agentes brasileiros na fraude.
Filipe Martins, que ficou preso por seis meses, atualmente cumpre medidas cautelares e busca reverter sua situação judicial com base nas evidências apresentadas nos Estados Unidos.
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