Ex-assessor do TSE entrega provas contra Alexandre de Moraes a emissora internacional
- Luana Valente
- há 5 dias
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O ex-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED) do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Eduardo Tagliaferro, afirmou ter entregue documentos e gravações que considera comprometedores contra o ministro Alexandre de Moraes a uma emissora internacional. A revelação foi feita em entrevista ao programa Show da Manhã, da plataforma Fio Diário, nesta segunda-feira (4).
Segundo Tagliaferro, o material está sob análise e deve ser divulgado nos próximos dias. “O material já está com uma grande emissora internacional em avaliação. Deve estar estourando aí por uma semana, acredito, mas espero que até sexta-feira [seja divulgado]”, declarou.
Tagliaferro, que atuou diretamente sob comando de Moraes durante o período eleitoral de 2022, alega ter recebido ordens para monitorar e investigar pessoas ligadas à direita política. Ele afirma que houve abusos institucionais e perseguições seletivas, e que pretende provar que o TSE atuou de forma parcial durante o processo eleitoral.
Além disso, o ex-assessor diz que o conteúdo entregue inclui mensagens e documentos que não foram deletados, apesar de ordens superiores. Ele também mencionou que o material pode ser apresentado em instâncias internacionais, como o Parlamento Europeu e autoridades dos Estados Unidos.
Desde 2024, Tagliaferro é investigado pela Polícia Federal por suposta violação de sigilo funcional, após o vazamento de conversas internas do TSE. A entrega das provas à imprensa internacional ocorre em meio a um momento de desgaste político de Moraes, que recentemente foi alvo de sanções internacionais, incluindo a aplicação da Lei Magnitsky pelos EUA.
Especialistas apontam que o impacto das denúncias dependerá da robustez das evidências apresentadas. Enquanto alguns veem a iniciativa como uma tentativa de expor abusos institucionais, outros questionam a legitimidade das acusações diante da ausência de provas públicas até o momento.
A expectativa gira em torno da divulgação do conteúdo pela emissora internacional, que pode influenciar o cenário político e jurídico brasileiro. Tagliaferro afirma que só decidiu tornar público o caso após garantir que o material estivesse em mãos seguras, como forma de proteção pessoal.
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