Jovem missionária e estudante de psicologia segue detida no Maranhão após atos de 8 de janeiro
- Luana Valente
- 30 de mar.
- 2 min de leitura

Eliene Amorim de Jesus, jovem missionária e estudante de psicologia, permanece detida no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, Maranhão, desde março de 2023. A acusação contra ela está relacionada aos atos ocorridos em Brasília no dia 8 de janeiro daquele ano.
Natural do interior do Maranhão, Eliene, de 28 anos, foi presa em sua residência no bairro Angelim, na capital maranhense. Por meio das Redes Sociais, o jornalista José Linhares Júnior, declarou que não existem evidências diretas que comprovem sua participação ativa na depredação de patrimônio público ou na organização dos atos e sua prisão foi motivada por publicações nas redes sociais e pela presença nos protestos em Brasília. Ainda segundo o jornalista, ela estava do lado de fora do Palácio do Planalto no dia dos ataques.
Eliene, que também é missionária da Assembleia de Deus Campo Miracema, havia viajado para Brasília com o objetivo de escrever um livro sobre os acontecimentos. A Polícia Federal apreendeu seu celular, que continha fotos e anotações relacionadas à pesquisa para o livro. Mesmo assim, ela foi detida e segue na cela B9 do bloco B da unidade feminina do presídio.
A jovem enfrenta dificuldades, incluindo restrições de visitas impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, limitadas apenas a familiares e advogados. Sua família, residente no povoado de Torozinho, em Turiaçu, não tem condições financeiras para visitá-la regularmente.
O caso de Eliene Amorim de Jesus levanta questões sobre o tratamento de indivíduos acusados de envolvimento nos atos de 8 de janeiro e sobre os direitos dos detidos à defesa e ao julgamento justo. A oitiva das testemunhas indicadas pela defesa e o interrogatório de Eliene estão marcados para o dia 3 de abril.
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