Mendigo solto por ordem de Moraes morava na rua e apanhou em manifestação, revela PGR
- Luana Valente
- 26 de nov. de 2023
- 1 min de leitura
A soltura do homem foi concedida somente após 10 meses e ainda sob determinação de cumprimento de medidas cautelares.

Geraldo Filipe da Silva, um dos presos acusado de participação dos atos de 8 de janeiro, é pessoa que se encontrava em situação de rua e chegou a apanhar dos manifestantes que participaram do ato, segundo consta no pedido de absolvição e de liberdade feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR), ao ministro Alexandre de Moraes, no dia 7 deste mês.
Moraes mandou soltar o mendigo após 10 meses preso e ainda determinou que use tornozeleira eletrônica e entre outros cumprimentos de medidas cautelares.
"Durante a instrução processual restou demonstrado que o denunciado Geraldo Filipe da Silva não tem nenhum tipo de vínculo com os demais autuados", alegou Moraes
No processo consta que o homem foi preso na Esplanada dos Ministérios no momento em que estava sendo agredido por manifestantes que omchamavam de "petista" e de "infiltrado".
O morador de rua foi acusado de ter cometido os seguintes crimes: dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e associação criminosa armada.
Geraldo Filipe declarou que morava em Pernambuco e estava em Brasília para fugir de uma perseguição de criminosos. Ele disse ainda que há três meses estava morando na rua e sozinho, então estava em busca de um centro de atendimento. Além disso, declarou que no dia em que foi preso teria se aproximado da aglomeração por "curiosidade". Já na Esplanada Geraldo teria sido agredido, acusado de "petista" por manifestantes e foi preso.
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