Carlos Bolsonaro é internado no Rio após mal-estar provocado por prisão do pai
- Luana Valente
- há 5 dias
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O vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PL) foi internado na noite de segunda-feira (4) em um hospital particular na Barra da Tijuca, Zona Oeste da capital fluminense, após apresentar quadro de pressão arterial elevada e alterações nos batimentos cardíacos. O episódio ocorreu poucas horas depois da decretação da prisão domiciliar de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo informações divulgadas por sua assessoria e por aliados próximos, Carlos passou mal ao desembarcar no Rio, vindo de Brasília, onde havia participado de reuniões políticas. O advogado Antonio Carlos Alonso, que representa o vereador, afirmou que o mal-estar foi “certamente ao tomar conhecimento da prisão do pai”. Após exames cardiológicos, os médicos recomendaram a internação para observação. Até o momento, não há previsão de alta nem detalhes sobre seu estado clínico atual.
A prisão domiciliar de Jair Bolsonaro foi determinada por Moraes após o ex-presidente ser acusado de violar medidas cautelares impostas pela Corte. Bolsonaro estava proibido de usar redes sociais e de se comunicar com embaixadores, além de ser monitorado por tornozeleira eletrônica. No entanto, segundo o STF, ele teria participado remotamente de manifestações em seu apoio no último domingo (3), por meio de ligações de vídeo e publicações feitas por aliados, incluindo seus filhos parlamentares.
A decisão judicial também restringe visitas à residência de Bolsonaro, permitindo apenas a entrada de advogados e familiares próximos. O uso de celulares por ele ou por terceiros foi igualmente proibido.
A defesa de Jair Bolsonaro afirmou estar surpresa com a prisão domiciliar e prometeu recorrer, alegando que o ex-presidente não descumpriu nenhuma das determinações judiciais.
Os filhos do ex-presidente reagiram publicamente à decisão de Moraes. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) classificou a medida como “vingança”, enquanto o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) chamou o ministro de “psicopata” em publicação nas redes sociais.
A situação permanece em desenvolvimento, com desdobramentos jurídicos e políticos sendo acompanhados de perto por aliados de Bolsonaro.
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