Conselheiro de Trump publica imagem polêmica envolvendo ministro do STF
- Luana Valente
- há 5 dias
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No último domingo (3), Jason Miller, conselheiro de Donald Trump e figura central na campanha presidencial de 2024 nos Estados Unidos, publicou em suas redes sociais uma imagem que retrata o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de forma simbólica e provocativa. A foto mostra um manifestante durante um ato bolsonarista em Fortaleza (CE), usando uma máscara com o rosto de Moraes e com as mãos algemadas.
A publicação ainda foi acompanhada da legenda “Cenas de Fortaleza”, sugerindo apoio ao impeachment do magistrado. Miller também compartilhou outras imagens dos protestos realizados em diversas cidades brasileiras, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro e Belém, além de mensagens como “O povo brasileiro quer liberdade”.
Miller já havia se manifestado contra Moraes anteriormente, inclusive após o STF autorizar uma busca e apreensão contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Em 2021, o conselheiro foi interrogado pela Polícia Federal no âmbito do inquérito sobre financiamento de atos antidemocráticos, por determinação do próprio Moraes.
No dia seguinte à publicação da imagem, Miller compartilhou um artigo do jornal norte-americano The Hill, assinado por Felipe Jafet, que defende sanções à economia brasileira e ao ministro Moraes. O texto, intitulado “Trump is right about Brazil”, acusa o STF de concentrar poderes excessivos e agir de forma autoritária.
A manifestação em Fortaleza fez parte de uma série de atos organizados por aliados de Bolsonaro, que pressionam o Senado pelo andamento de pedidos de impeachment contra Moraes. A publicação de Miller ocorre em um momento delicado, marcado pela determinação da prisão domiciliar do ex-presidente, Jair Bolsonaro, além de uma série de restrições severas.
Segundo a decisão, enquanto estiver em regime de prisão domiciliar, Bolsonaro deve obedecer às seguintes medidas:
Proibição de receber visitas, com exceção de seus advogados e pessoas previamente autorizadas pelo STF, entre elas a ex-primeira dama Michele Bolsonaro e a filha do casal;
Os visitantes autorizados estão proibidos de utilizar celular, tirar fotos ou gravar imagens;
Proibição de uso de celular, diretamente ou por intermédio de terceiros.
Além disso, outras medidas cautelares, que já estavam em vigor, foram mantidas e devem continuar a ser cumpridas no regime de prisão domiciliar, segundo o STF. São elas:
Proibição de manter contatos com embaixadores ou quaisquer autoridades estrangeiras;
Proibição de aproximação e acesso a embaixadas e consulados de países estrangeiros;
Proibição de manter contatos com os demais réus e investigados nas ações penais da trama golpista, inclusive por intermédio de terceiros. Todos os réus e investigados também foram proibidos de visitar Bolsonaro;
Proibição de uso de redes sociais, diretamente ou por intermédio de terceiros.
Ainda como garantia do cumprimento da proibição quanto ao uso dos aparelhos celulares, o ministro Alexandre de Moraes determinou a busca e apreensão dos aparelhos celulares que estivessem em posse de Jair Bolsonaro.
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