Senadores reagem à prisão de Bolsonaro e pressionam Congresso por posicionamento
- Luana Valente
- há 5 dias
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A prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), provocou forte reação entre senadores da oposição, que passaram a cobrar uma resposta institucional do Congresso Nacional diante do que classificam como uma “escalada autoritária” no país.
Bolsonaro foi colocado em prisão domiciliar na segunda-feira (4), após o ministro Alexandre de Moraes, do STF, alegar descumprimento de medidas cautelares. Entre as infrações apontadas pelo magistrado estão o uso de redes sociais por meio de perfis de aliados e a participação remota em manifestações públicas, o que, segundo ele, caracterizou violação de restrições anteriores. A decisão também inclui o uso de tornozeleira eletrônica e proibição de acesso à internet e celulares.
Reações no Senado
• O senador Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição, classificou o momento como “de extrema gravidade para a democracia brasileira” e convocou coletiva de imprensa com outros parlamentares do PL para esta terça-feira (5), em frente à rampa do Congresso.
• Carlos Portinho (PL-RJ), líder do partido no Senado, afirmou que “a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro vem para calar de vez o maior líder deste País” e acusou o Judiciário de esmagar o Congresso com “mão de ferro”.
• Ciro Nogueira (PP-PI) declarou que “a prisão domiciliar antes mesmo do julgamento é um fato jurídico com que ninguém pode concordar”.
Os parlamentares da oposição reforçam a denuncia de perseguição política e defendem que o Congresso reaja institucionalmente, com destaque para a retomada de pedidos de impeachment contra Moraes e a votação do projeto de lei da Anistia. A oposição também levanta suspeitas sobre um suposto “gabinete paralelo” de investigações no TSE e STF, que teria atuado fora dos limites constitucionais.
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