Funcionário do alto escalão dos EUA faz alerta a aliados de Alexandre de Moraes
- Luana Valente
- há 2 dias
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O subsecretário de Diplomacia Pública do Departamento de Estado norte-americano, Darren Beattie, fez declarações contundentes contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e seus aliados. A manifestação ocorreu na noite de quarta-feira (6), por meio da rede social X (antigo Twitter), e foi interpretada como uma tentativa explícita de intimidação ao Judiciário brasileiro.
Beattie compartilhou uma publicação oficial do Departamento de Estado dos EUA que condenava a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, decretada por Moraes. Em sua mensagem, o subsecretário alertou: “Os aliados de Moraes na Suprema Corte e em outros lugares são fortemente aconselhados a não auxiliar ou encorajar o comportamento sancionado de Moraes”.
O ministro Alexandre de Moraes já havia sido alvo de sanções pela Lei Global Magnitsky, mecanismo utilizado pelos EUA para punir violações de direitos humanos. As sanções incluem proibição de entrada nos Estados Unidos, congelamento de bens e restrições ao uso de serviços de empresas americanas. Até então, esse dispositivo era reservado a ditadores e criminosos internacionais.
As ações do governo norte-americano têm sido articuladas e endossadas pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), atualmente autoexilado nos EUA. Eduardo tem atuado para pressionar autoridades brasileiras e buscar anistia para os envolvidos na tentativa de golpe de Estado, incluindo seu pai, Jair Bolsonaro.
Além de Moraes, outros sete ministros do STF também tiveram seus vistos americanos cassados. O governo Trump impôs tarifas de 50% sobre produtos brasileiros como forma de coerção econômica, visando interromper o julgamento de Bolsonaro no Brasil.
A prisão domiciliar de Bolsonaro foi determinada por Moraes após o ex-presidente supostamente ter violado as medidas cautelares impostas pelo STF. Segundo Moraes, entre as infrações estão o contato com outros investigados, participação em eventos políticos e uso de redes sociais para atacar o Judiciário. A decisão incluiu o uso de tornozeleira eletrônica e bloqueio total das redes sociais de Bolsonaro.
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