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8 de Janeiro: STF condena jornalista com câncer a 14 anos de prisão



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A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou nesta terça-feira (2) o jornalista rondoniense William Ferreira da Silva, de 61 anos, a 14 anos de prisão por envolvimento nos atos ocorridos em 8 de janeiro de 2023, em Brasília.


Ferreira foi considerado culpado pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e associação criminosa armada A. O relator do processo, ministro Alexandre de Moraes, foi acompanhado pela maioria dos ministros da Turma. Houve divergência parcial dos ministros Luiz Fux e Cristiano Zanin quanto à dosimetria da pena.


O jornalista foi preso em 3 de fevereiro de 2023, durante a quarta fase da Operação Lesa Pátria, após ter transmitido ao vivo os atos em suas redes sociais. Em sua defesa, alegou que estava em Brasília de férias e que apenas registrava os acontecimentos como repórter, sem ter invadido prédios públicos.


Durante o período em que esteve preso em Porto Velho (RO), Ferreira foi diagnosticado com câncer de próstata. Segundo a defesa, a doença se agravou devido à falta de tratamento adequado e ao estresse no cárcere. Em 2024, ele foi liberado mediante uso de tornozeleira eletrônica e outras medidas cautelares, como a proibição de exercer sua profissão e o bloqueio temporário de seu patrimônio.


Atualmente, laudos médicos indicam que o jornalista está em tratamento quimioterápico ativo, com exames e procedimentos agendados até o fim de agosto. A defesa classificou a decisão do STF como “crueldade institucionalizada”, argumentando que o sistema prisional brasileiro não oferece estrutura médica adequada para um paciente oncológico em estágio avançado.


Conhecido em Rondônia como o “homem do tempo”, William Ferreira teve passagens por emissoras locais, como a RedeTV!, e atuou como sargento da Polícia Militar. Desde 2012, tentou se eleger para cargos legislativos municipais e estaduais, sem sucesso. Em 2022, concorreu ao cargo de deputado estadual pelo PL, mas não foi eleito.


A defesa anunciou que pretende recorrer da decisão e estuda acionar instâncias internacionais de direitos humanos.



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