Premiê húngaro sai em defesa de Bolsonaro e critica medidas judiciais no Brasil

Alan Santos | PR

O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, manifestou apoio público ao ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PL) nesta segunda-feira (21), por meio de uma publicação em sua conta oficial na rede social X (antigo Twitter). Orbán afirmou que Bolsonaro é alvo de medidas que, segundo ele, representam “ferramentas de medo, não de justiça”.

“Ordens de silêncio, proibições em redes sociais e julgamentos com motivação política são ferramentas de medo, não de justiça. Você pode colocar uma tornozeleira eletrônica em um homem, mas não na vontade de uma nação!”, escreveu o líder húngaro, conhecido por seu alinhamento à direita nacionalista europeia.

A declaração ocorre após o Supremo Tribunal Federal (STF), por meio do ministro Alexandre de Moraes, impor uma série de restrições a Bolsonaro, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica, proibição de uso direto ou indireto de redes sociais, e impedimento de aproximação de embaixadas e diplomatas estrangeiros. As medidas fazem parte de uma investigação sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado para reverter o resultado das eleições de 2022.

Orbán e Bolsonaro mantêm uma relação próxima desde os tempos de governo. Em fevereiro de 2024, Bolsonaro passou dois dias na embaixada da Hungria em Brasília, logo após ter seu passaporte retido pela Polícia Federal. À época, a visita foi interpretada como uma possível tentativa de buscar proteção diplomática.

A manifestação de Orbán gerou reações entre aliados de Bolsonaro. Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, agradeceu o apoio e afirmou que “ninguém melhor do que você conhece essas pessoas que nos perseguem”.