Sóstenes Cavalcante declara “guerra” ao governo e anuncia obstrução total no Congresso
- Luana Valente
- há 4 dias
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O posicionamento do Líder do PL na Câmara é de não recuar até pacificação

Em um movimento de forte tensão política, o líder do Partido Liberal (PL) na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), anunciou nesta terça-feira (5) uma estratégia de “obstrução total” nas atividades legislativas do Congresso Nacional. A medida, segundo o parlamentar, visa pressionar o governo federal a discutir o chamado “pacote da paz”, uma série de propostas defendidas por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Durante coletiva de imprensa, Sóstenes e outros líderes da oposição apresentaram três exigências centrais:
Impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), acusado por eles de “violar direitos humanos” e “emudecer o Congresso”.
Anistia ampla, geral e irrestrita aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
Extinção do foro privilegiado, por meio de uma proposta de emenda à Constituição.
Sóstenes adotou um tom beligerante ao afirmar: “Se é guerra que o governo quer, guerra terá. Não haverá paz no Brasil enquanto não houver discurso de conciliação, que passa pela anistia, pelo fim do foro privilegiado e pelo impeachment de Moraes”. O deputado também declarou que a oposição está “entrincheirada”, com ações coordenadas e apoio de lideranças partidárias como Valdemar Costa Neto, presidente do PL.
A obstrução começou com a ocupação das mesas diretoras da Câmara e do Senado, impedindo o reinício das sessões após o recesso parlamentar. A ação gerou embates entre parlamentares da base governista e da oposição, com gritos de “sem anistia” ecoando no plenário.
O anúncio ocorre um dia após o ministro Alexandre de Moraes determinar prisão domiciliar ao ex-presidente Jair Bolsonaro, acusado de descumprir medidas cautelares. A oposição vê a decisão como parte de uma escalada autoritária do Judiciário e busca reverter o cenário com apoio legislativo.
A oposição promete manter a paralisação até que suas demandas sejam pautadas. Nos bastidores, articulações com partidos como PP, União Brasil, Republicanos e PSD estão em curso para ampliar o “contingente da guerra”, como definiu Sóstenes.
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